Achei que em vez de vos dar uma série de recomendações de livros para lerem durante esta altura, quando todos temos gostos tão díspares, seria mais interessante, e mais fácil, sejamos honestos, partilhar aquela que é agora a minha mesa de cabeceira: a torre de livros que fui começando ao longo dos anos e nunca acabei. Há toda uma estante com livros ainda por ler, mas a minha torre já começava a tombar, por isso começo por estes.
De cima para baixo temos:
- Antony and Cleopatra de Shakespeare, este foi um daqueles livros que comprei só para poder dizer que tinha trazido alguma coisa da Shakespeare & Company em Paris. Nunca fui apreciadora de ler teatro, no entanto, sempre disse que gostava de ler todos os clássicos (livros e autores) por isso não há como fugir a este género;
- The Pickwick Papers de Charles Dickens;
- Assim Falou Zaratustra de Nietzsche, um livro que me foi imposto enquanto a must read pelo meu irmão mais velho durante a minha adolescência e que, numa tentativa de ser mais como o primogénito da família, comecei a ler aos 16 anos. A aproximar-me dos 25 ainda não o acabei, mas descobri entretanto que o meu irmão nunca o leu. A moral desta história é: não confiem nos mais velhos;
- A Clash of Kings de George R. R. Martin, li o primeiro livro da série em três dias há seis anos, este comecei-o há três anos e estou há meses a 300 páginas do fim. Recomendação: saltem os capítulos no POV da Catelyn Stark.
- The Fellowship of the Ring de Tolkien, li este livro quando tinha 13 anos e, honestamente, detestei cada segundo. Há cerca de um mês li The Hobbit que despertou em mim todo um novo interesse pela escrita de Tolkien e decidi revisitar a trilogia de The Lord of the Rings;
- The Silmarillion de Tolkien, comecei este livro há poucas semanas, para me ocupar o tempo entre depois de ter acabado The Hobbit e esperar que o primeiro livro de LOTR chegasse, infelizmente não está a ter o mesmo efeito que o Hobbit teve, mas vou levar este com mais calma;
- Histórias daqui e dali de Luís Sepúlveda;
- Leaves of Grass de Walt Whitman, não fosse este também um clássico;
- Todos os Nomes de José Saramago;
- On Writing de Charles Bukowski;
- Nenhum Olhar de José Luís Peixoto;
- The Complete Fiction de H. P. Lovecraft.
Uma última recomendação num post que já vai longo: mantenham-se afastados de Morte em Veneza de Thomas Mann, reli-o recentemente e, nos últimos dias, penso constantemente no quão perto da nossa realidade está. Ainda que este não seja o tema central, talvez seja too soon para lerem sobre uma epidemia em Itália.
- Ana Lopes
Adorei a partilha, Ana.
ResponderEliminarSou louca pra ler Assim Falou Zaratustra e gosto de tudo do Bukowski.
E sim, evitar livros sobre epidemias nesse momento hahahaha
Ana, gosto muito do Walt Whitman. Conheci o trabalho dele ao assistir a Sociedade dos Poetas Mortos, e desde então virei fã. Vale mesmo a leitura. Confesso que, com relação a Tolkien, amo os filmes, mas não consegui passar das primeiras páginas de The Fellowship of the Ring, hehe.
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