quarta-feira, 20 de maio de 2020

A arte da entrevista, II

Nos anos 80 e 90, fiz algumas entrevistas que tiveram alguma força. E também já terão ouvido falar da revista K (leia-se Kapa). Hoje chegou-me esta imagem abaixo. A capa da revista é também exemplar, pelas boas e más razões: em 2020 estas chamadas serão de gosto discutível, no Portugal dos anos 90 eram 'provocatórias' e 'divertidas', atributos que coloco em pelicas porque são conceitos aplicáveis, não verdade factual. Os anos 90 ainda hoje são entendidos por alguns como um período de euforia, optimismo e diletantismo em Portugal, país tradicionalmente fechado, conservador, moralista, atrasado.


A entrevista pode ser lida neste blogue que ainda a guarda. E de facto marcou a diferença: 
  1. recuperou um artista marginal 'de culto' nos anos 60-70 mas que estava ficando esquecido; 
  2. deu-lhe novo alento 
  3. mostrou-o a novos leitores
  4. foi talvez a primeira entrevista no país em que o entrevistado foi pago (e bem pago)
  5. ocupou umas 30 páginas (falo de cor) da revista. 

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