terça-feira, 2 de junho de 2020

Da importância das capas

Estava hoje de manhã a ver este segmento no Youtube, quando ao minuto 10'48'' (mas podia ter sido antes, o Sherlock descobriria ao fim de cinco segundos) dei conta dos livros em cima da mesa, quase fora do plano mas ainda dentro do plano.
(Nota: este «quase fora do plano mas ainda dentro do plano é um exemplo de repetição que funciona, tal como a do poema de Pessoa aqui, aliás o meu favorito.)
Comecei por reconhecer a lombada do livro de cima, a vermelho-alaranjada: estou 90% seguro de ser a edição de The Underground Railroad, de Colson Whitehead. Em português, Os Caminhos para a Liberdade, que conta a história de uma fuga de escravos com um toque de realismo mágico: o caminho-de-ferro subterrâneo era o termo com que se designava a organização clandestina que ajudava escravos a fugirem das plantações antes da guerra civil.
Depois, fui tentar ampliar os livros (no filme vê-se melhor) mas só consegui reconhecer o nome num: Zadie Smith.
Mas tudo leva a crer que estes livros, mais do que estarem ali «por acaso», ajudem a comentar as notícias.

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