sábado, 12 de outubro de 2019

Carver e Lish: editing extreme (um dos muitos óbices da profissão)

Na próxima aula discutiremos os capítulos 4 e o 5. Começo também a aceitar propostas para apresentarem em aula as capas escolhidas, um relato de lançamento etc.

Como já devem ter reparado, procuro respostas simples (mas não simplistas) para questões editoriais. Qualquer regra que formulemos tem sempre uma abrangência limitada, mas acredito que formularmos decentemente uma questão é meio caminho andado. Se eu souber formular de forma clara e pertinente as minhas dúvidas, hesitações, ignorâncias, fico a saber um pouco mais.

E o mundo da edição está em permanente mudança. E tem inimigos, passo a elencar alguns:
a) o conformismo
b) a preguiça moral
c) o esvaziamento ao se aproximar demasiado (no modo de produção e distribuição) de outros produtos culturais-comerciais
d) a perda do seu tempo próprio a favor do tempo alheio (o livro é lento, seja em consumo, seja em produção, seja em manutenção no mercado comercial e cultural)
e) a submissão a regras alheias
f) a cultura pop, de massas e seus atributos (este ponto, pensando bem, é semelhante ao c)
g) ...

Voltando então ao editing, quando, como e porquê pode um editor inter/ferir um texto? Quais os direitos do autor? Quem manda? Como negoceiam as partes?


Uma entrevista com Gordon Lish.
Sobre Carver/Lish, ver um artigo aqui.
Outro, com exemplos (o que foi mostrado na aula) aqui:



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