1- Dresden, Frederick Taylor (Editora Record)
Acho que essa capa traduz com exatidão a desolação e a destruição da cidade durante a operação dos Aliados na Segunda-Guerra Mundial. O branco, os tons escuros, a perspectiva de não se ter horizontes depois do bombardeio, a tipologia neutra, jornalítica para um livro-reportagem: tudo isso foi traduzido nessa capa, que ficou em segundo lugar no Prêmio Jabuti de Literatura de 2012.
2 - Bowie (Editora BestSeller)
O melhor dessa capa não é exatamente a composição em si (embora seja bem gira), mas algo que não se pode ver com exatidão na imagem digital: a capa possui uma laminação tranlúcida, que muda de cor de acordo com a luz. Algo que remete, de forma criativa, à psicodelia dos anos 1960 que influenciou o artista. O título dividido também entre capa e lombada quebra os paradigmas das capas de biografia. São soluções originais para fugir do óbvio.
3 - Coleção Philip K. Dick (Editora Aleph)
Uma solução inteligente para um autor que é um clássico da ficção científica. Universos paralelos e sociedades distópicas ganham forma em ilusões de ótica, como se, ao olhar para a capa, o leitor já fosse transportado para outras realidades.
4 - Arquivos Serial killers - "Louco ou cruel" e "Made in Brazil" (Darkside Books)
Dois livros em uma mesma publicação; dois estudos sobre serial killers. A imagem do crânio evidencia quase a crueza do ser humano, tanto da vítima, que se reduz a ossos, quanto do assassino, desprovido de todo e qualquer sentimento ou caráter humano, um mero animal. Qualquer interferência tipográfica mataria a capa aqui. O vermelho é relegado à lombada e à contracapa, assim como o título e o nome da autora.
5 - Coleção Gabriel García Márquez (Editora Record)
Essas capas, para mim, contêm todo o colorido da América Latina e do realismo fantástico do autor. São conceituais, mas têm um ar até bastante jovial para um Prêmio Nobel de Literatura. Acho uma abordagem interessante, uma tentativa de se conquistar novos públicos, talvez.
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