segunda-feira, 9 de março de 2020

O caso Hachette/Woody Allen

Sugiro que sigam a Publishers Weekly - https://twitter.com/PublishersWkly - no Twitter. Dali, obtêm ligações para outras páginas e editores que queiram seguir. É um bom instrumento para estarmos atentos às tendências do mercado norte-americano, ainda o motor e Tiranossaurus Rex da edição mundial.
Um português bom de seguir, já foi alcunhado pela Time de 'Borges do Twitter', é o generosíssimo  José Afonso Furtado - https://twitter.com/jafurtado - um dos grandes estudiosos de edição em Portugal, eu diria que o mais erudito. O homem é uma máquina (um bibliotecário hiper-activo) a passar informação.

E, aqui, o caso da censura à publicação de um livro de Woody Allen. Eu disse censura? Outros dizem justa decisão, após um protesto de pessoal da Hachette, que recebeu solidariedade de gente em outras editoras norte-americanas.

O que vocês acham? É uma boa ou uma má decisão?







2 comentários:

  1. Na minha opinião, é um caso muito delicado. Por um lado, ele nunca foi considerado culpado. Por outro, o facto de ele ter casado com uma das suas enteadas é... questionável para dizer o mínimo. Já para nem falar que ele também disse que as alegações feitas pela filha vieram de um lugar de inveja/ciúmes por causa do tal casamento. Assim sendo, dum ponto de vista de marketing é perfeitamente compreensível o porquê de quererem apoiar o lançamento. Já no que toca ao que é moralmente correcto (a meu ver) creio que fizeram bem porque poderia manchar o nome da editora como também mostrar que, caso algum dia se confirme que as alegações são verdadeiras, seria possível alguém fazer algo tão nojento, sair impune e ainda sofrer positivamente com isso.

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  2. Apesar de repudiar esse contexto biográfico tão controverso, não apoio a negativa à publicação do livro. É possível separar autor de obra - ainda que essa obra seja uma autobiografia (o que, dependendo do autor, pode ser considerado um cruzamento entre boa literatura e biografia interessante). É um caso de compra quem quer, mesmo. Não acredito que seja uma defesa do assédio sexual/verbal, nem que seja passar pano para a pedofilia, o incesto, a imoralidade. Reprimir a publicação é censura à produção de um artista, não importa quão escroto esse artista seja. Não apoia, não compre.

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