E três dicas de como, quase com estúpida simplicidade, se encontra uma ideia genial.
Os três são brilhantes mas colocam problemas de leitura distintos - isto é, exigem um tipo de leitor concreto.
No primeiro, é humor francês, com um acanalhamento que hoje seria pouco aceitável nos puritanos Estados Unidos, além de sabermos francês: «Porra, usa o cotovelo!»
No segundo, além de sabermos inglês (hoje a língua internacional da vossa geração), basta termos a referência do estereótipo do náufrago que, quando um navio passa, tenta que o vejam. Aqui, em tempo de coronavírus, é o contrário: «Vão embora!»
No terceiro, além do inglês, convém saber que uma das diferenças entre cristianismo e judaísmo é a crença de que Jesus é o Messias - e que ressuscitou ao terceiro dia, hoje. Esse é o princípio da piada. Mas o melhor vem depois: um bolo com fermento levanta-se (rises), incha; um bolo sem fermento não. Ora o Matzo, ou pão ázimo, é um pão/bolacha sem fermento (ou seja: that doesn't rise) comido neste momento da Páscoa judaica, em celebração da fuga do Egipto. É humor suave com duas tradições religiosas e culinárias opostas mas hoje em paz, que em princípio não ofende ninguém (ao contrário da piada francesa, que ofenderá alguma gente, receio).
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