terça-feira, 30 de junho de 2020

Dicas de edição

Duas aproximações, pelo menos: ao todo e ao pormenor. Por vezes, tentar fazer ambas ao mesmo tempo empecilha. Por isso mesmo é tão importante um texto estar limpo: para o leitor não passar o tempo a tropeçar em complicações desnecessárias.

Quando uma pessoa tem algo a dizer - diz. Frases curtas, parágrafos não muoto longos. Obviamente, não vou impedir García Marquez de escrever frases de cinco páginas, ou parágrafos de vinte.

Muletas habituais: mas, que, portanto, de facto, com efeito, assim. Não se trata de eliminarmas
apenas de reduzir a frequência.

Aproximar sujeito e predicado e complemento.Frases simples. As línguas de raiz latina permitem grandes floreios, ao contrário do japonês e do alemão, cuja estrutura sintáctica obriga a saber como se termina a frase.

Reunião de quarta 1 julho - 17h30

Aqui está o convite para amanhã. Excepcionalmente, começará às 17h30. Quem só puder às 18h não tem problema, mas termina às 19h.

Obviamente, não é obrigatória. Só para quem tiver dúvidas quanto à avaliação.

Hi there,

Rui Zink is inviting you to a scheduled Zoom meeting.

Topic: My Meeting
Time: Jul 1, 2020 05:30 PM Lisbon

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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Ainda o plágio

Meus caros, estamos ainda numa situação difícil e por isso o grau de exigência mútua não pode ser o mesmo.

Estou a gostar muito de ler a maior parte dos trabalhos. Pessoais, originais q.b., sente-se que a pessoa está ali investida. São os meus favoritos.

Depois vêm aqueles onde, por a esmola ser grande, o pobre professor desconfia.
Não quero desconfiar, a seguir à avaliação é a parte que menos me agrada desta profissão que exerço há 37 anos, mas tenho de desconfiar - e a parte mais chata é quando a confiança é quebrada.

É um desapontamento. Peço que verifiquem se não se apropriaram indevidamente de trabalho alheio. Os que sabem que copiaram mérito alheio têm até quarta de manhã para me explicar a situação. 

Já apanhei um par de casos que me incomodam.

Haverá plágios - apropriação indevida de ideias ou palavras alheias - nos quais quem lê não repara. Ou seja, casos de sucesso. Até em prestigiadas revistas científicas isso acontece com desagradávek frequência, quanto mais num trabalho para uma cadeira.

Por isso aqui fica o aviso: o facto de eu poder não reparar que houve desonestidade não significa que esse seja o caminho para o sucesso. Eventualmente, mais tarde a pequena matreirice volta para nos morder.



Avaliação final

Quarta há reunião (facultativa) e conto dar-vos a nota final.

sábado, 27 de junho de 2020

Sobre os trabalhos (entrada em construção)

Avalio os vossos trabalhos com o critério de um professor, um empregador seria mais cruel.
A Bárbara fez um comentário simpático à Ana Lopes, mas poderia ter sido mais assertiva. Logo na primeira página há falhas de concordância e o primeiro parágrafo não é sexy. Nunca é de mais salientar que, hoje, a abertura de um texto ganha em ser assertiva e forte. E quando estamos a ajudar um texto a ser melhor ganhamos em ser francos. A moleza do «Ah, por acaso até reparei mas não te quis dizer» é pouco generosa: significa que para nõs pouco importa ajudar o outro a melhorar. 

(E título, subtítulo, contracapa, foto do autor, badanas, índice são considerados aberturas. Tal como o primeiro parágrafo e o primeiro capítulo.)

Isto dito, estou a gostar do que estou a ler. A Amanda fez uma capa engraçada, mas acho que a podemos ajudar a melhorar.

Embora louvemos o online, a minha leitura seria melhor - mais analítica - se tivesse os vossos trabalhos em papel.



sexta-feira, 26 de junho de 2020

Génios do online marketing

Um interessante artigo com um excelente título (o próprio título é exemplo de bom clickbait = isco para as pessoas clicarem): Want to see Social Media Genius?


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Falem com alguém de 14 anos

À pergunta «Como trabalhar as redes sociais» respondi, numa das nossas reuniões, confessando a minha impreparação e ignorância. Conheço os princípios gerais, porque as minhas capacidades cognitivas ainda não se eclipsaram totalmente, mas é um mundo que escapa à maior parte das pessoas da minha geração - educados no século XX com a cultura do XIX. 
Não se ouviram falar deste episódio: um exército de adolescentes usando plataformas de K-pop e TikTok decidiu troilar um comício de pré-campanha de Donald Trump. Podem ler o artigo do The Guardian aqui. E deixo esta passagem:
“It spread mostly through Alt TikTok, we kept it on the quiet side where people do pranks and a lot of activism,” one user told the Times.
“K-pop Twitter and Alt TikTok have a good alliance where they spread information amongst each other very quickly. They all know the algorithms and how they can boost videos to get where they want.”
Users of the popular social media sites have often sought to thwart conservative campaigning by far-right accounts. In recent weeks, for example, hashtags supporting “Blue Lives Matter”, a movement in support of police officers, were co-opted by fans tweeting memes of famous blue characters like the Smurfs and Captain Planet. (...)

Qurem saber como usar o algoritmo? Falem com alguém de 14 anos. 

quinta-feira, 18 de junho de 2020

A autobiografia de um grande editor

Avid Reader é um belo livro de memórias - escrito por um editor que se especializou em trabalhar livros de memórias. Geralmente não gosto de recomendar memórias de editores, porque a tendência é para contarem histórias gloriosas - e essas acho sempre mais interessante criá-las nós mesmos. Pessoalmente, nunca me fascinou ir à Ginjinha onde Fernando Pessoa bebia, ou ao bar em Havana onde o Hemingway emborcava mojitos. Eles também nunca vieram à vossa tasca favorita.
 Mas Robert Gottlieb fez um belo livro, que tenho em edição Kindle (para mim) e edição em papel para os alunos, para a tal biblioteca-rodízio que em circunstâncias normais teríamos.

Aqui deixo algumas passagens, com a devida contextualização em baixo:

A. Gottlieb editou a autobiografia de Bill Clinton e conta como foi tentar tornar o manuscrito interessante para o público leitor e como foi a primeira sessão de autógrafos com um autor que genuinamente gosta de pessoas:



B. Aqui fala de uma coisa que referimos de passagem, a escolha da foto para a contracapa - no caso de uma pessoa famosa, talvez mesmo a capa:  


C. Uma história trivial, de quando Bill Clinton era um jovem no início da sua carreira política, mas onde já utilizava espontaneamente a sua famosa descontração e simpatia, que impressionou tanto o editor que este decidiu pô-la na badana; 





D. A qualidade de uma voz: franca, única, reconhecível: 



E. A importância de um bom índice, também como instrumento de pré-edição: 








quarta-feira, 17 de junho de 2020

Gravação da reunião de hoje

Topic: TEDI TALK
Start Time : Jun 17, 2020 05:59 PM

Meeting Recording:
https://videoconf-colibri.zoom.us/rec/share/3-MkKIzd7lxJerfryXiPYPJ4GLnkT6a81nBL_fBfyUYLROZ0M-0_8adhs27bq181

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Terão reparado que, para mim (gostava que para vocês também fosse) é um never-ending process.
Nunca tive um curso que terminasse perfeito. Mas tive alguns  - não muitos - em que os alunos criaram

  • uma rede solidária
  • espírito de corpo
  • ficaram amigos. 

Isso, não parecendo, é o mais importante. Esta é uma área humana num tempo que, cada vez mais, dispensa os humanos. A vossa maleabilidade será um dos mais importantes assets no futuro.
Eu faço aquilo que uma máquina ou um técnico não podem fazer.

Falei de um mundo em mudança. Que um livro é um prototipo: isto é mesmo de um mesmo autor, nunca é o mesmo. Mas é pior: mesmo que o livro fosse igual, o tempo em que é publicado não é.
Mais uma boutade: editar é fazer com que algo dure num tempo sempre em mudança.

O futuro, seja em que media dor, precisará de editores. Humanos que pensem, que seintam. que tomem decisões caprichosas mas informadas.

Saber Latim parece fora de moda? Eu acredito (é uma fezada) que o futuro pertencerá não a quem saiba código mas a quem saiba latim.

E que, a fazer jogos para as consolas, ganhará quem conhecer as tragédias gregas.

 

terça-feira, 16 de junho de 2020

Editar = criar e convite para amanhã quarta 17

1. Reunião de amanhã

Topic: TEDI TALK
Time: Jun 17, 2020 06:00 PM Lisbon

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Editar = criar

Muito do trabalho feito nos episódios de TV satírica é feito nos bastidores. Este segmento do Daily Show é exemplar.
Se virem os comentários, muitos louvam o homem que dá o rosto, Trevor Noah. Não tem mal - até pode ter sido o da ideia, capaz disso é ele. Mas um dos comentários é bem mais certeiro: "You got to love the Research Team". Algo como: temos de fazer uma vénia à equipa de pesquisa.

Ter boas ideias é muitas vezes mais fácil do que executá-las. Eu por exemplo tenho uma ideia: "Gostava de ficar rico e editar só grandes livros." Outra: "Gostava de encontrar a pessoa certa". Outra: "E se fôssemos a Marte num quinto do tempo que levamos hoje?"

Imaginemos a reunião:
"Os tipos da Fox passam a vida a falar em impor a Lei e a Ordem, em ser duro com os criminosos. Como podemos fazer uma coisa assertiva e engraçada com isto?"
"Sabem que O X foi preso uma vez?"
"Epá, grande ideia."
"Grande ideia?"
"E se tiver sido mais que um? Vocês acham que conseguem encontrar?"
"Em que universo?"
"Tem de ser o dos comentadores ou locutores da Fox. Só assim tem piada e desmascara a hipocrisia."
"Tá bem, vamos tentar. Não prometemos nada, mas vamos tentar. Quanto tempo temos?"
"O ideal era ser já para a semana?"
"Ui. Isso é capaz de ser complicado."
"Tudo bem. Tentem ir fazendo a pesquisa."
"Sabes que temos outras tarefas, certo?"
"Sim, vão fazendo à medida que puderem. Cindy, podes ficar tu à frente do projeto?"
"É difícil. Já estou com---"
"Eu faço. Tenho um amigo obsessivo que coleciona essas coisas. Ele é capaz de ter até já uma lista."
"Porreiro. OK, então é tudo por hoje, certo? Foi uma bela reunião."

quarta-feira, 10 de junho de 2020

E hoje foi mesmo feriado: AM & PM

Sumário: um presente, um pedido de desculpas, uma memória - e uma gravação

4. Gravei 13 minutos de palestra

Topic: My Meeting
Start Time : Jun 10, 2020 06:19 PM

Meeting Recording:
https://videoconf-colibri.zoom.us/rec/share/2vFVdqrh0zJOfdKTt37zXI8xH6nJT6a81CAerPZYmEYizNqkRxIwvON0ZFKm3fUw


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3. Pedido de desculpas
Lapso freudiano: quando cometemos um erro que o nosso suconsciente queria mesmo cometer. Por outras palavras, para «nós» foi um erro, mas para o nosso subconsciente foi a decisão mais acertada.
Hoje era/é o feriado mais importante em Portugal. O patriota-primário-que-há-em-mim não deve ter gostado que hoje houvesse aula e fez com que não houvesse mesmo.

Como das outras vezes eu tinha estado sempre atento a esse pormenor do AM e PM, só tardiamente me ocorreu que fosse isso. Agora, graças à Amanda, já sei a razão.

Obviamente, peço desculpa. E lembro o ditado: Deus está nos menores. Pelos vistos, o diabo também.

2. Uma memória
Esta falha trouxe-me à memória o último dia em que tivemos aula presencial mesmo - cheguei atrasado porque trazia uma mala e cometi o erro de apanhar um táxi, o que nunca faço, e de ir pela Rua Defensores de Chaves, habitualmente o melhor caminho mas em Fevereiro estava em obras. Tinha um comboio para apanhar, que me levaria às Correntes d'Escritas, 21º ano, tendo eu falhado só uns dois ou três, por razões várias (de uma delas fui a Las Vegas ver o Elton John - acreditem se quiserem). Essa aula começou tarde e acabou cedo, o meu plano foi pelo cano. Dias depois cairia a notícia de que o escritor Luís Sepúlveda tinha contraído a Covid-19. O resto acelerou muito depressa.

Há uns sete anos fiquei dois dias em terra em Frankfurt porque me tinha enganado numa letra a preencher o visto para o passaporte. Estava concentrado em não me enganar nos números, escrevi PT em vez de P, que é como começa o passaporte. Para cúmulo, era o Dia Nacional da Índia e o consulado estava fechado. No dia seguinte já não deu para apanhar o voo. Passada a primeira fúria, decidi arranjar hotel, ir beber uma cerveja, ligar a amigos. Falhei uma conferência, mas tratei de assuntos. Há gente que por uma distração perde a vida - perder uma conferência ou uma aula, nessa perspetiva, é coisa pouca.

Uma memória é, quase sempre coisa boa - quando mergulhamos a mão na água nunca sabemos o que vamos encontrar. Outra memória, esta de há 35 anos: numa palestra-cabaré na Gulbenkian com o o poeta Alberto Pimenta, lemos um poema de Jorge Sousa Braga, então um jovem poeta. O poema é sobre Portugal e intitula-se Portugal. Podem lê-lo aqui.

1. Um presente
Jorge Sousa Braga fez agora uma bonita versão de um poema de Elisabeth Bishop. Isto também nos lembra o que discutimos em aula: como traduzir forma e conteúdo num texto no qual a forma é conteúdo e ambos são indivísiveis?

A NOITE TODA COLADOS
A noite toda colados
Um ao outro os amantes
Nem quando se voltam
Ficam afastados
Duas páginas coladas
De um livro futuro
Uma lê a outra
No escuro
O que o outro sabe
Sabe cada um
Da cabeça aos pés
Sem esforço nenhum
Elizabeth Bishop, USA (1911-1979)
(versão minha)

E agora o original: 

“Close, close all night
the lovers keep.
They turn together
in their sleep,

Close as two pages
in a book
that read each other
in the dark.

Each knows all
the other knows,
learned by heart
from head to toes.”






Ninguém veio - tudo bem

Boa tarde, que eu saiba, ninguém veio à reunião. Mas não tenho a certeza, eu próprio tive inesperados problemas técnicos. Se alguém tentou aceder e não conseguiu, por favor diga.
Acabei por fazer um breve monólogo que espero todos os interessados possam aceder em breve.

terça-feira, 9 de junho de 2020

Convite para reunião de quarta 10

Sim, é feriado, mas também não é uma aula. Aparece quem quer, mas é uma boa oportunidade para colocarem dúvidas. Ou por mail.
Em anos anteriores, eu estaria exausto e ocupado com exames, tal como vocês. Não este ano.

Hi there,

Rui Zink is inviting you to a scheduled Zoom meeting.

Topic: My Meeting
Time: Jun 10, 2020 06:00 AM Lisbon

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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Balanço e gravação da aula de hoje (em construção)

Já tenho aqui a gravação da aula de hoje para quem quiser aceder.

1. Editar é cortar
Escrever é caos, editar é cosmos. Publica-se (torna-se público) o que ficou do que se deixou de fora.
  • Todos os dias fazemos escolhas. O que fica de fora e o que fica dentro. 
  • Escolher o que fica de fora também é importante, Por vezes é bom, mas não cabe ali. Guardamos para outro artigo ou livro. 
  • Machado de Assis: e os desvios. O autor-editor. 
2. Fora da caixa
Um trabalho fora da caixa é bem-vindo. Como o Covidarte da Margarida.
  • Mas arrisca-se a sofrer mais escrutínio. Bagagem fora de formato paga mais. 
  • Mas é bem-vinda.  
  • Seamus Heaney e a tradução: "Do as you wish, as long as it is witty."
  • Se não sabe responder faça boas perguntas. Seja interessante a dizer o que não sabe. 
3. A importância dos tempos livres
A aula também a pequena conversa mole (ou bate-papo) entre alunos. Faz parte. Foi pena termos esquecido isso.
  • A universidade não é só a aula: é também a cumplicidade e a amizade entre colegas. 
  • O conceito de universidade engloba isso. Para alguns isso é mesmo o mais importante: alunos trocando ideias antes ou depois das aulas. 
  • Faltou isso (mea culpa) durante a quarentena. Devíamos ter-vos proporcionado reuniões zoom sem presença dos professores. 
  • E devíamos ter discutido entre nós, docentes, a carga de trabalho a impor ao aluno. 
4. O algoritmo e o livro específico 
(questão da Renata: como promover um livro específico, sem recurso às técnicas tradicionais?)
Marketing e não só, na verdade tudo o que tem a ver com edição implica isto: nunca esquecer que aquele texto é peça única.
  • O profiling hoje tão falado a propósito da discriminação nos EUA é também isso: preguiça de ver a pessoa específica, redução a um estereótipo. «O senhor tem óculos e o suspeito que estamos a perseguir também, por isso achamos que o suspeito é você.» 
  • Nem as próprias ciências e tecnologias são óbvias. Duas autópsias para George Floyd - e duas conclusões. Como se uma autópsia fosse subjectiva e não objectiva:  
  • «As conclusões da autópsia independente surgem depois de um exame realizado pelo condado de Hennepin ter referido não haver indício físicos capazes de sustentar um diagnóstico de asfixia traumática ou estrangulamento.» (Expresso, 1/6/20)
  • Gosto muito desta cena do primeiro Men in Black / Homens de Negro, com Will Smith e Tommy Lee Jones (Barrry Sonenfeld, 1997). Num teste à pontaria e argúcia dos candidatos a um posto nesta organização, põem uma série de monstros numa sala de alvos: os outros disparam em tudo quanto é assustador, numa carnificina anti-extraterrestres, mas Will Smith dispara um só tiro para o elemento menos assustador, porque viu para lá do estereótipo. E viu o que os outros não viram. 
  • Duas qualidades notáveis: ver fora da caixa e ver o que está lá mas muitos não vêem. A princesa e a ervilha, lembram-se? Sherlock Holmes e a tradição policiária assenta nisso: personagens que, tendo acesso à mesma informação, vêem o que não está lá. Geralmente, têm um contraponto numa figura cómica, como o polícia «inimigo» do Padre Brown de Chesterton: de um lado um grande leitor, do outro um fraco-leitor. 
5. Projeto ou diseertação?
O projeto é, em teoria, mais prático.

6. Bónus
Reparem  como a banda sonora altera o modo como vemos esta cena de O Tubarão
  • Música do filme (basta ver a partir do minuto 1'09'')
  • Outra música

terça-feira, 2 de junho de 2020

Convite aula quarta 3

Hi there,

Rui Zink is inviting you to a scheduled Zoom meeting.

Topic: Técnicas de Edição
Time: Jun 3, 2020 06:00 PM Lisbon

Join from PC, Mac, Linux, iOS or Android: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/98540619333?pwd=LzhOa05VcWo5aTlZNjJnT3IycFlOUT09
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Or Telephone:
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Or a H.323/SIP room system:
    H.323: 162.255.37.11 (US West) or 162.255.36.11 (US East)
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Da importância das capas

Estava hoje de manhã a ver este segmento no Youtube, quando ao minuto 10'48'' (mas podia ter sido antes, o Sherlock descobriria ao fim de cinco segundos) dei conta dos livros em cima da mesa, quase fora do plano mas ainda dentro do plano.
(Nota: este «quase fora do plano mas ainda dentro do plano é um exemplo de repetição que funciona, tal como a do poema de Pessoa aqui, aliás o meu favorito.)
Comecei por reconhecer a lombada do livro de cima, a vermelho-alaranjada: estou 90% seguro de ser a edição de The Underground Railroad, de Colson Whitehead. Em português, Os Caminhos para a Liberdade, que conta a história de uma fuga de escravos com um toque de realismo mágico: o caminho-de-ferro subterrâneo era o termo com que se designava a organização clandestina que ajudava escravos a fugirem das plantações antes da guerra civil.
Depois, fui tentar ampliar os livros (no filme vê-se melhor) mas só consegui reconhecer o nome num: Zadie Smith.
Mas tudo leva a crer que estes livros, mais do que estarem ali «por acaso», ajudem a comentar as notícias.

Aula 2 - visita de estudo: um lançamento

 Obrigado por terem vindo ao lançamento com entusiasmo. Terão reparado que havia uma sala em baixo, depois fiquei lá a conversar com um par ...